01/07/2025 às 15:13 Artigo Acadêmico

Cinema como contribuição ao processo de educação escolar

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Por Darci Martins |

Este trabalho analisa a contribuição que o cinema e os filmes fornecem aos processos da educação básica brasileira, demonstra que a experiência cinematográfica vai além do entretenimento, endossado em autores brasileiros apresenta com exemplos claros como usar filmes no cotidiano escolar articulando o cinema com as matérias ou temas didáticos. Trata-se de pesquisa bibliográfica, qualitativa e revisão narrativa, assentada em autores atuais que se propõem a refletir o vínculo entre cinema e educação. Este artigo demonstra que é possível fazer do cinema uma ferramenta presente nas escolas, contribuindo na melhoria dos estudos, articulando-se com variadas matérias presentes nas grades curriculares. Demonstra que, apesar do forte apelo comercial, os filmes podem ser apreciados de maneiras diferentes que ultrapassam o lazer e entretenimento, sendo fonte inesgotável de possibilidades desde que os professores usem a criatividade para fazer dialogar os roteiros e temas com as grades curriculares apresentadas nas diferentes instituições de ensino. Este artigo também apresenta e demonstra de forma clara, com exemplos, como fazer do cinema uma ferramenta de contribuição ao processo de educação escolar na prática cotidiana, ultrapassando o caráter teórico para propor uma experiencia assentada na empiria, alterando a realidade de alunos e professores que terão a oportunidade de estudar juntos, coletivamente, debatendo para produzir conhecimento para além dos modelos didáticos tradicionais.

Introdução

A presente pesquisa visa analisar o cinema como contribuição ao processo de educação escolar, é popularmente compreendido e disseminado que a sétima arte e seus filmes são fonte de entretenimento e passatempo, esta pesquisa justifica-se pela necessidade de demonstrar o cinema também como meio e ferramenta de auxílio no processo educacional escolar, melhorando a capacidade de aprendizagem dos alunos para além do lazer que os filmes promovem.

Para esta análise foram selecionados autores brasileiros para endossar a preocupação com o cenário educacional especificamente do Brasil. Portanto esta pesquisa objetiva analisar a importância do cinema como contribuição ao processo educacional escolar e, selecionar três autores cujas obras permitam analisar a importante contribuição que o cinema pode dar ao processo educacional. Demonstrar com exemplos claros como usar filmes no cotidiano escolar, articulando o cinema com as matérias ou temas didáticos. Apresentar o cinema como fonte de aprendizagem.

Este estudo baseia-se em pesquisa qualitativa e revisão narrativa, as referências foram coletadas a partir de revisão bibliográfica que indiquem teorias e reflexões concebidas por autores que contribuíram para demonstrar o cinema como ferramenta no processo educacional. Para balizar melhor a pesquisa, foram selecionados três autores brasileiros que se dedicaram ao tema, assim a pesquisa permanece centrada no processo educacional brasileiro e suas problemáticas. Além disto, esta pesquisa apresenta o cinema não apenas como entretenimento comercial, mas como uma proposta de melhoria da educação brasileira se usado para aperfeiçoar os processos da educação básica, que são, Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Inicialmente veremos o cinema como contribuidor pedagógico fora das escolas, o simples fato de ver um filme já colabora para melhorar a capacidade de pensamento, de análise, percepção, discussão e assimilação dos espectadores. Na sequência avistaremos os benefícios que os filmes trazem ao processo educacional, tanto de maneira individual, mas principalmente de forma coletiva, a pedagogia é sempre coletiva, em minha opinião. Para finalizar apresentaremos algumas propostas com exemplos de como utilizar os filmes na prática considerando alguns critérios que beneficiarão tanto alunos quanto professores.

Metodologia

Este estudo está baseado em pesquisa qualitativa e revisão narrativa, as referências foram coletadas a partir de revisão bibliográfica que indiquem teorias e reflexões concebidas por autores que contribuíram para demonstrar o cinema como ferramenta no processo educacional. Para balizar melhor a pesquisa, foram selecionados três autores brasileiros que se dedicaram ao tema, assim a pesquisa permanecerá centrada no processo educacional brasileiro e suas problemáticas.

Revisão narrativa

É de suma importância atualizarmos e desenvolvermos novas formas e métodos que auxiliem no ensino e aprendizagem, assim como atualizá-los e renová-los. Dentre as várias possibilidades está o uso do cinema como meio para facilitar o processo de ensino articulando sua grande variedade de produções com os mais variados temas didáticos estudados nas diferentes escolas brasileiras.

Não tenho dúvidas de que muito do que aprendi em toda minha vida de estudante, inclusive de pós-graduação, aprendi com cinema. Meu conhecimento de arte, de línguas, de culturas e, em alguma medida, de história e geografia esteve (está) permanentemente mediado pelos filmes que vi (vejo). Para mim, assim como para a maioria das pessoas, os filmes “funcionam” como porta de acesso a conhecimentos e informações que não se esgotam neles. Mesmo aqueles considerados ruins (esse julgamento é sempre subjetivo) podem despertar o interesse e estimular a curiosidade em torno de temas e problemas que, muitas vezes, sequer seriam levados em conta. O cinema é um instrumento precioso, por exemplo, para ensinar o respeito aos valores, crenças e visões de mundo que orientam as práticas dos diferentes grupos sociais que integram as sociedades complexas.

Duarte (2009, p. 72)

Embora o cinema seja uma arte mundialmente conhecida e bastante presente na cultura de muitos países, seja através das salas de exibições, canais de televisão e streamings, ainda é vista com forte apelo ao entretenimento. Isto não é sem causa, as propagandas que antecedem as exibições enfatizam a diversão para os expectadores que anseiam por assisti-las, ainda que diversão seja algo subjetivo. O que infelizmente pouco se ilustra é o quanto o cinema, mais especificamente os filmes, podem contribuir no processo de educação escolar. É inegável que assistir um filme seja uma experiencia, claro que essa experiencia varia de acordo com classe social do espectador ou, com a sua idade, meio em que vive, grau de instrução e uma série de outros fatores que determinam o aproveitamento da atividade, porém, mesmo com todas essas variáveis, ir ao cinema ou assistir um filme contribui para melhorar a capacidade de concentração, de análise, percepção, compreender narrativas e histórias, conhecer culturas, melhorar a capacidade de pensamento e reflexão, observar como outras pessoas reagem de maneiras diferentes quando o filme é exibido coletivamente e compreender assim a diversidade de opiniões e sentimentos, ou seja, ver um filme é muito mais que entretenimento, é experiencia para a vida enquanto prática social e civilizatória.

É nessa direção que caminha grande parte dos estudos destinados a investigar o papel social do cinema. É inegável que as relações que se estabelecem entre espectadores, entre estes e os filmes, entre cinéfilos e cinema e assim por diante são profundamente educativas. O mundo do cinema é um espaço privilegiado de produção de relações de “sociabilidade”, no sentido que Simmel dá ao termo, ou seja, forma autônoma ou lúdica de “sociação”, possibilidade de interação plena entre desiguais, em função de valores, interesses e objetivos comuns.
Ver filmes, é uma prática social tão importante, do ponto de vista da formação cultural e educacional das pessoas, quanto a leitura de obras literárias, filosóficas, sociológicas e tantas mais.

Duarte (2009, p. 16)

Esta atividade pode também ser uma experiencia educacional escolar se bem aproveitada por professores e educadores, independente de ensino público ou privado, se considerarmos a quantidade de informações transmitidas nas telas. Claro que informações requerem pesquisas e discussões para separar o que é ficção de fatos e informações reais ou corretas, mas o relevante é pensar o cinema como fonte de ensino. 

A humanidade aprendeu, desde tempos imemoriais, que contar histórias era uma boa maneira de transmitir conhecimento e ensinar valores aos mais jovens. Foi assim com as tragédias gregas, as parábolas, os contos de fadas, as fábulas e as pantomimas medievais. O cinema não ficou imune a essa formula: uma “boa” história, narrando situações dramáticas que deixem entrever ensinamentos morais frequentemente tentam “ensinar” que “o crime não compensa”, o “bem sempre vence” e “o verdadeiro amor sobrevive a todas as intempéries”. O caráter “pedagógico” de algumas dessas histórias pode ser percebido com relativa facilidade.

Duarte (2009, p. 53)

Na citação acima é preciso ressaltar que o aspecto mais importante para este artigo é o caráter pedagógico dos filmes e não os valores morais em si, já que estes são problematizáveis e questionáveis. É importante também compreender que os filmes não carregam significações fechadas em si, um único filme pode ser visto e revisto inúmeras vezes propiciando significações e interpretações diferentes, ser ressignificado a cada vez que um ou mais expectadores o assistam, ainda mais quando vislumbrado e discutido coletivamente por alunos e professores em sala de aula. As discussões e trocas de significados e significações realizadas entre os participantes desta atividade educacional cinematográfica proporcionam amplitude de conhecimentos dada a singularidade de cada aluno, incluindo a mediação de um ou mais professores na dinâmica.

A significação de narrativas fílmicas não se dá de forma imediata. Parece haver um certo entendimento do filme quando o vemos pela primeira vez (em geral, o quando o revemos damos a ele novos significados), que é o que possibilita a compreensão e o acompanhamento da trama. Mas esse entendimento vai ser reorganizado e ressignificado muitas vezes daquele momento em diante, a partir das reflexões que fazemos, das conversas com outros espectadores, do contato com diferentes discursos produzidos em torno daquele filme (críticas, premiações, etc.) e da experiencia com outros filmes, permitindo que novas interpretações sejam feitas. Isso dá um profundo dinamismo à dimensão formadora da experiência com o cinema e faz com que seus efeitos somente possam ser percebidos a médio ou longo prazo.

Duarte (2009, p. 62)

O que nos leva a compreensão que a contribuição pedagógica que o cinema fornece ao processo educacional é de caráter coletivo.

A significação de filmes também não se dá de modo exclusivamente individual. Esse é um processo eminentemente coletivo, no qual o discurso do outro é tão constitutivo de nossas ideias e opiniões quanto o nosso próprio discurso. Espectadores de cinema, cinéfilos ou não, sabem, pela experiência, que o (os) sentido (os) do filme nunca é (são) dado (os) nele próprio e nunca é (são) apreendido (os) individualmente – daí a “absoluta necessidade” que afirmam ter de falar dos filmes que veem com outros espectadores.

Duarte (2009, p. 62)

O uso do cinema, filmes, no processo educacional, não devem ser feitos aleatoriamente, até porque já existe o paradigma que filmes são exibidos aos alunos quando faltam professores ou quando estes não estão dispostos a dar aulas e querem apenas passar o tempo. Portanto é necessário que o professor seja um agente ativo neste processo, um mediador que estimule as mais variadas atividades reflexivas.

A diferença é que a escola, tendo o professor como mediador, deve propor leituras mais ambiciosas além do puro lazer, fazendo a ponte entre a emoção e razão de forma mais direcionada, incentivando o aluno a se tornar um espectador mais exigente e crítico, propondo relações de conteúdo/linguagem do filme com o conteúdo escolar. Este é o desafio.

Napolitano (2022, p. 15)

Além de desafiador, é propiciador de conhecimento também para os professores pois, ao juntar recursos e materiais sobre um filme que será exibido para os alunos, o professor mediador melhorará a sua formação e docência

Alguns textos de apoio diretamente relacionados ao filme exibido podem ser muito uteis, dentre eles: entrevistas com o diretor e atores, críticas publicadas em jornais, etc. Estes textos de apoio não substituem, didaticamente falando, o roteiro de informação e análise, mas podem funcionar como “textos-geradores” de problemas e questões, enriquecendo a assimilação do aluno. Nas atividades em que o filme é utilizado como fonte e visto na íntegra, esse tipo de material é importante não apenas para os alunos, mas também como recurso para a formação dos próprios professores.

Napolitano (2022, p. 85)

Necessário também que o professor tenha bom censo e leve em consideração uma série de cuidados ao escolher o filme a ser exibido aos alunos, verificar faixa etária recomendada, evitar cenas que possam ter sexo explícito, violência demasiada ou excessivamente realista, verificar se o tempo de duração da exibição caberá em seu horário de aula ou se precisará negociar trocas de aulas com outros professores, verificar se o equipamento de exibição da escola estará disponível na data prevista e se estão em plenas condições de uso ou, se precisará conduzir alunos para o cinema mais próximo, o que exigirá organização antecipada e autorização dos responsáveis. As considerações a serem feitas são infindáveis e precisam existir para minimizar ao máximo possíveis impactos negativos gerados pela atividade.

Esta atividade não pode ser feita de maneira despretensiosa, afinal, o cinema é ferramenta e fonte inesgotável de possibilidades de contribuições aos processos de educação escolar. 

Um dado trecho de filme é útil como material didático quando partilha ingredientes comuns relevantes com a situação real de trabalho focalizada no processo de ensino-aprendizagem. Neste caso, estamos chamando de “ingredientes comuns” aos aspectos ou conteúdo específicos que estão presentes tanto na situação de trabalho focalizada quanto na situação que é relatada no trecho do filme.

Oliveira (2016, p. 163)

Na citação acima, Oliveira já nos dá um indicativo de como fazer o vínculo de cinema e educação na prática. É fundamental que o filme escolhido articule com a grade curricular da escola, reforçando o ensino e aprendizagem de um conteúdo já previsto a ser estudado, desta forma o roteiro, a filmografia, o tema, a classificação e enredo não serão aleatórios, mas cuidadosamente selecionados. Vislumbrando participação efetiva do filme como ferramenta de contribuição pedagógica, capaz de enriquecer a assimilação dos conteúdos e ampliando o horizonte educacional de alunos e professores.

Para exemplificar irei elencar algumas disciplinas e mostrar como o cinema pode potencializar seus estudos. Estudar História pode ser muito mais divertido e proveitoso se ultrapassarmos os métodos tradicionais de estudos e inserirmos na rotina e processo o debate e discussão a partir de filmes, incluindo documentários, que contém detalhes históricos, momentos importantes e marcantes, desde que o professor já tenha avaliado previamente o material e conferido veracidade dos fatos roteirizados. O cinema, assim como streamings e canais de televisão fornecem uma infindável lista de conteúdos com caráter histórico.

História: área abundante em títulos. Existem não apenas filmes feitos para o cinema mas também filmes produzidos por canais educativos e comerciais. Canais a cabo, como o Discovery Channel, BBC ou National Geographic costumam transmitir séries e documentários avulsos sobre temas históricos, particularmente ligados à História Antiga, Medieval e às civilizações pré-colombianas. Outro tema bastante divulgado por esses canais é relacionado à história militar, especialmente filmes sobre a Segunda Guerra Mundial e a Guerra do Vietnã. O professor deve ficar atento nestes casos, pois os filmes são produzidos por países (EUA e Inglaterra, quase sempre) que tomaram parte diretamente nos conflitos.

Napolitano (2022, p. 200)

Ciências, Ecologia e principalmente Biologia também encontram fértil variedade de filmografias que aprofundam e enriquecem o conhecimento e podem ser usados de maneira interdisciplinar, com professores atuando em conjunto. Documentários são os mais comuns e fáceis de encontrar sobre animais, plantas, insetos, biosfera e muito mais sobre estas matérias ou disciplinas.

Natureza/ecologia (Biologia): outro tipo de documentário muito usado em sala de aula é aquele sobre o meio ambiente, abordado com um olhar ecológico. Tais documentários são bem interessantes para demonstrar a cadeia vital e a interdependência das espécies animais e vegetais em determinada região (Fernando de Noronha, Abrolhos) ou em ecossistema amplo (Amazônia, Pantanal etc.) São bons complementos para viagens de estudos, além de ser produzidos por redes de televisão nacionais, gerando filmes e programas de média-metragem (30 min. A uma hora) de alta qualidade artística e técnica. A maioria dos bons documentários sobre natureza produzidos no Brasil se encontra disponível em videolocadoras ou está acessível nas próprias emissoras, tanto para compra como para gravação. Este tipo de filme articula o ecossistema em questão, a ocupação humana e avida animal, permitindo abordagem interdisciplinar, incluindo Geografia, Biologia e História.

Napolitano (2022, p. 201)

Ainda sobre Biologia e matérias que se vinculam interdisciplinarmente a ela, pode-se usar filmes comercias e não apenas documentários. São muitos os roteiros que apresentam desastres naturais que podem levar ao fim do mundo ou extermínio das espécies, incluindo a humana. Filmes com desastres nucleares, vulcões que entram em erupção, tsunamis e terremotos. Estes roteiros podem ser aproveitados para debater e discutir aquecimento global, invasão e destruição de matas nativas, extinção de espécies, impactos ambientais causados pela humanidade, basta usar a criatividade para os temas não se esgotarem.

Como último exemplo de uso do cinema como potencializador do processo educacional, temos a escolha de um filme pelos professores para trabalhar de maneira interdisciplinar unindo todas as disciplinas fundamentais ou básicas de uma escola, assim o conteúdo será aproveitado extensiva e globalmente, uma aposta na abundancia de conhecimento que poderá ser produzido unindo História, Geografia, Português, Educação Artística, Educação Física, Informática, Língua Estrangeira, Matemática, Química, Física, e Biologia para pesquisar sobre a projeção cinematográfica.

História: como os profissionais responsáveis pesquisaram personagens e épocas, reconstituindo figurinos e cenários históricos; como as instituições responsáveis preservam a memória do cinema.
Geografia: como os filmes são distribuídos em mercados globalizados; quais as estratégias dos produtores para vender seus filmes ao redor do mundo; qual a participação do cinema na economia nacional e na mundial.
Português e Redação: análise do roteiro e dos diálogos enquanto elementos textuais. Muitos roteiros podem ser adquiridos na internet ou comprados na forma de livros.
Educação Artística: análise da cor, trilha sonora, textura fotográfica, dos cenários e figurinos.
Educação Física: estudos sobre a expressão corporal dos atores; sobre coreografias de danças e lutas.
Informática: estudos sobre os efeitos especiais, os processos digitais de edição e o tratamento de imagem.
Língua Estrangeira: estudos sobre a tradução, com base nas legendas e palavras que aparecem nas imagens.
Matemática: orçamento, lucros e prejuízos alcançados pelo filme; como se calcula o faturamento de um filme.
Química: revelação, processamento, conservação e restauração da película de celuloide.
Física: fenômenos de luz, som e movimento que permitam a experiencia do cinema, bem como os processos analógicos e magnéticos que permitem a gravação de filmes em fitas de vídeo.
Biologia: filmagens em cenários naturais; tratamento de bichos utilizados nos filmes; impacto ambiental dos sets de filmagem.

Napolitano (2022, p. 207)

Agora que já conhecemos várias formas e meios de utilizar o cinema e filmes com alunos da educação básica, ou seja, ensino infantil, fundamental e médio, ficou claro o quanto favorecem, estimulam e contribuem para o processo de educação escolar. A utilização do cinema como ferramenta de estimulo aos estudos fomenta pesquisas que envolvem as mais variadas disciplinas, possibilitando inclusive atividades interdisciplinares, gerando senso comunitário entre os alunos que, entre si, trabalharão juntos em debates, discussões e produções variadas de saberes que surgem da integração e interação, afinal, não se produz conhecimentos sozinho.

Considerações finais

Apesar da inviabilidade de apresentar todas as possíveis matérias estudadas nas escolas de ensino básico brasileiro devido a grande variedade em suas grades curriculares, ficou evidente que o cinema e filmes são excelentes e possíveis ferramentas de contribuição ao processo de educação escolar, principalmente se os considerarmos como artes e produções que vão muito além de produtos comercias voltados para o entretenimento. Com criatividade, requisitos e preparação, professores conseguem fazer da experiencia cinematográfica uma prática pedagógica colaborativa e coletiva, melhorando a capacidade de assimilação e aprendizagem.

Foi possível ainda, analisar que a utilização de filmes em escolas exercita a pluralidade de ideias pois inclui os professores como agentes ativos junto aos alunos que cultivam as atividades. Em síntese, o cinema e os filmes apoiam uma prática pedagógica coletiva e contribuinte.

Referências

Duarte, R. Cinema e educação. 3. Ed. Belo Horizonte, MG: Autêntica, 2009. 72 p.

Duarte, R. Cinema e educação. 3. Ed. Belo Horizonte, MG: Autêntica, 2009. 16 p.

Duarte, R. Cinema e educação. 3. Ed. Belo Horizonte, MG: Autêntica, 2009. 53 p.

Duarte, R. Cinema e educação. 3. Ed. Belo Horizonte, MG: Autêntica, 2009. 62 p.

Duarte, R. Cinema e educação. 3. Ed. Belo Horizonte, MG: Autêntica, 2009. 62 p.

Napolitano, M. Como usar o cinema na sala de aula. 5. Ed. São Paulo, SP: Contexto, 2022. 15 p.

Napolitano, M. Como usar o cinema na sala de aula. 5. Ed. São Paulo, SP: Contexto, 2022. 85 p.

Napolitano, M. Como usar o cinema na sala de aula. 5. Ed. São Paulo, SP: Contexto, 2022. 200 p.

Napolitano, M. Como usar o cinema na sala de aula. 5. Ed. São Paulo, SP: Contexto, 2022. 201 p.

Napolitano, M. Como usar o cinema na sala de aula. 5. Ed. São Paulo, SP: Contexto, 2022. 207 p.

Oliveira, M A. Cinema e educação não-formal. 1. Ed. [S.I]: Marco A. Oliveira, 2016. 163 p.

Artigo reorganizado para mídia online com a finalidade de conforto de leitura, sem apagar a estrutura textual e linguagem original.

Originalmente escrito para entrega à faculdade de filosofia, propondo o cinema como instrumento ao processo de educação escolar..

Orientador: Cícero Manoel Bezerra

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01 Jul 2025

Cinema como contribuição ao processo de educação escolar

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